Roberto Sant’Ana (Irará, 19 de abril de 1943)é um produtor musical e folclorista brasileiro, responsável pelo lançamento de diversos artistas como Elomar ou Fafá de Belém e por ações como ter apresentado Gilberto Gil a Caetano Veloso,e ser um dos criadores do Tropicalismo e da axé music.
Filho de tradicional família do Recôncavo baiano, seu pai foi prefeito da cidade natal, seu tio foi o célebre comunista, mais tarde deputado federal, Fernando Sant’Anna, e primo do músico Tom Zé, com quem teve diversas parcerias.
Mudando-se para Salvador, ali cursa teatro na UFBA e participa do movimento estudantil na UNE, fundando com o primo Tom Zé, em 1961, um departamento de música.Nesta mesma época apresenta Gil a Caetano, e incentiva-os a se dedicarem à arte, algo que ambos, assim como Tom Zé, não queriam fazer.Foi um dos idealizadores do Teatro dos Novos, que renovou o cenário teatral soteropolitano.
Na década de 1970 percorreu o país junto ao percussionista Djalma Corrêa, gravando manifestações folclóricas.[1] Na mesma década foi importante produtor musical da Philips/PolyGram, responsável por discos de artistas como Fafá de Belém (que foi por ele praticamente descoberta)[8], Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Quinteto Violado, Alcione, Emílio Santiago e Kleiton e Kledir, entre outros. Em 1977 produziu o disco “Refavela”, de Gilberto Gil, junto a quem participaria da trilha sonora do filme “Eu, Tu, Eles”, em 2000.
Neste ano, produziu e lançou o “CD-tributo ‘Jorge Amado – letra e música'”, do qual participam diversos artistas, inclusive antigos participantes do movimento tropicalista. Em 1993, foi homenageado por Gilberto Gil com a composição “Baião atemporal.